terça-feira, 31 de maio de 2011

Porto Rio Maravilha - Porque não Porto Olímpico?

Leio no Globo de hoje que o licenciamento de novas construções dobrou em apenas um ano. Quantos anos eles levaram para tomar a decisão de revitalizar o Centro? Barcelona o fez em 1988. Buenos Aires também já o fez há muito tempo.
O Governo, o Nuzmann, todos, estão perdendo uma grande chance de transformar por completo o caracter urbano do centro da cidade do Rio de Janeiro..

Ao optar por localizar a vila olímpica da cidade próxima do novo centro metropolitano, perde-se uma grande oportunidade de renovar um local degradado. A região central da cidade carece de moradias, carece de povo vivendo com qualidade por todo o dia. As cercanias do Autódromo do Rio não precisam de investimentos governamentais em habitação, pois já são plenamente exploradas pela Carvalho Hosken e seus parceiros.

Poderíamos ter um Centro mais valorizado, seguro, vibrante e economicamente completo.
Um local de fácil acesso aos aeroportos, rodovias, com charmoso edifícios históricos, etc, etc, que se tornaria um marco da cidade.

A quem interessa fazer todas essas obras na Barra e não no Centro?

Prefeito cego, cidade muda.

O Prefeito Eduardo Paes vergonhosamente inaugurou uma ciclovia de 20km a 20 milhões de Reais.O marketing de nosso déspota é muito fraco mesmo.. Toda a população já se esqueceu que a obra interminada da CIDADE DA MÚSICA foi vislumbre do ilustre ex-factoide-genial Cesar Maia. Não querer correr para entregar logo esse magnífico empreendimento é burrice política. O conjunto de salas no minhocão vai revolucionar o mercado de música clásssica no Rio de Janeiro.


Não foi um erro urbano a escolha do novo local para a sala de concerto.. Com facil acesso pela Av.das América e pela Linha Amarela, a Cidade da Música esta no encontro dos dois mais fortes eixos da baixada de Jacarepaguá. A zona sul já tem o Municipal.



O Projeto de Christian de Portzamparq é magnífico. Graças a Deus que uma feliz carioca chamada Elizabeth encantou o brilhante arquiteto francês e ou trouxe para perto de nós.

Em alguns anos a Cidade da Música será um dos dois grandes fomentadores culturais e um dos mais visitados pontos da cidade.

O carioca tende a ser muito "taurino" nas suas opiniões. Não aceita as mudanças radicais de conceitos de uma vez. Vide experiências como a Revolta da Vacina, no íncio do seculo XX. O prefeito Pereira Passos atribulado com sua reforma higiênica da cidade, abrindo avenidas como Hausmann fizera em Paris, para as tropas de Napoleão, confiou ao sanitarista Oswaldo Cruz a solução das enfermidades com um plano de vacinação. A população desesperada revoltou-se desconfiando das tais picadas contra as febres reinantes.

De modo que deixe o tempo resolver, ou melhor, vamos correr com isso, Sr..Prefeito, porque eu quero ir ouvir música classica de metrô! Na barra!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Os morros artificias de Eisenman


O teto e laterais forradas com placas de pedras retiradas do local

Princípios políticos e outras bobagens nas administrações Cariocas

Não faz muito tempo que o ex-prefeito Cesar Maia tentou em vão trazer o Museu Guggenhein para o Rio de Janeiro. Na época a opinião pública inflou-se contra o empreendimento no cais da Praça Quinze. E o projeto foi arquivado.Que desperdício!
Para onde foi esta nova sede da franquia milhonária eu não sei. O fato é que agora em Santiago de Compostela o desconstrutivista Peter Eisenman projetou a Cidade da Cultura, que ainda não completo, já recebeu mais de 50 mil visitantes em um mês de funcionamento. E a obra ainda vai levar alguns meses para ficar pronta. Numa cidade famosa por suas rotas religiosas, espera-se obter o mesmo fenômeno de Bilbao - uma cidade industrial sem nenhum charme - que virou ponto obrigatorio graças ao trabalho de Frank Ghery.
Qual teria sido o retorno de turismo para a cidade do Rio de Janeiro tendo um museu que compartilha coleções de mostras anuais com outras sedes em Nova Iorque e Bilbao? O museu seria instalado bem próximo ao caís cheio de transatlânticos.
Não sou contra o projeto do Santiago Calatrava para o Museu do Amanhã. Mas eu preferia o museu de ontem. O projeto do Jean Nouvel não tinha o mesmo apelo plástico do trabalho do Espanhol, mas neste caso, o forte seriam as exposições.